quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL

ô achei esse texto manero! olhem sô!

CHEIRO DE OVELHA
de Phil Ware


Em dezembro de 2006, na rodovia 36, em Brazoria, no Texas, alguém
roubou o bebê Jesus e a manjedoura dele. Bem, não era exatamente
Jesus; era a estatueta de Jesus do presépio da cidade. Foi roubado e
parecia que a cidade toda ficou deprimida por conta disso. Assim,
quando montaram o presépio de 2007, não havia nenhum bebê Jesus ou
manjedoura.

O povo em Brazoria não está só. O problema é chamado de “Síndrome do
Bebê Jesus Roubado” e acontece todos os anos. O bebê Jesus é roubado
de presépios ao redor do país. Na realidade, histórias sobre o
desaparecimento do bebê Jesus são encontradas em jornais e notícias
de Televisão local ao redor do mundo. É natural que qualquer pessoa
que ouvir esta história dirá algo do tipo, “Quem faria uma coisa
dessas?”

Neste Natal, temos problemas muito maiores do que um bebê Jesus de
plástico roubado de uma falsa manjedoura num presépio. E se formos
honestos com nós mesmos, o verdadeiro Jesus é freqüentemente
seqüestrado da nossa experiência de Natal por muitas razões. Às vezes
é o nosso próprio stress, viagens, e preparativos para os feriados
que nos privam de Jesus. Às vezes é a pressão daquilo que dizem ser
“politicamente correto” que remove Jesus desta época e o substitui
com bonecos de neve e rena. Às vezes, é o exagero, falsidade e rudeza
daqueles que se chamam de Cristãos que roubam Jesus desta temporada.
Foi por isso que Deus incluiu pastores na história (Luke 2:8-20).

Antigamente, pastores gozavam de um status de “mais favorecido” nas
histórias da Bíblia. Grandes heróis da fé – como Abraão, Moisés e
David – foram pastores. Um dos salmos mais amados fala de Deus como
um pastor (Salmo 23). Quando Jesus nasceu, porém, pastores haviam
sofrido vários séculos de relações públicas ruins. Eles eram pobres.
Eles viviam ao ar livre. Eles não eram refinados. Eles não eram
educados. Pior de tudo, eles cheiraram como ovelhas. O termo técnico
usado pelo povo nos dias de Jesus para descrever pastores e outras
pessoas menos aceitáveis eram “am haaretz” – significando “povo
comum”, ou “pessoas da terra.” Deixe-me assegurá-lo, ser classificado
“am haaretz” não era nenhum elogio nos dias de Jesus.

As “pessoas da terra" não eram consideradas boas candidatas para
serem religiosas. Elas eram consideradas sujas, rudes e desleixadas.
Elas não tinham o tempo para estudar todas as tradições religiosas, e
assim não podiam cumprir os padrões legalistas da retidão religiosa.
Elas estavam muito ocupadas fazendo trabalho sujo para serem
consideradas puras o bastante para serem religiosamente desejáveis.
Elas eram pobres demais para ir nas peregrinações religiosas para os
lugares sagrados de adoração. Por isso os religiosos nunca as
considerariam fiéis a Deus. O último lugar em que se esperaria Deus
revelar a sua glória era para um grupo destes marginais.

No entanto, quando Deus chamou os anjos para anunciarem o nascimento
de Jesus, Ele os enviou a pastores lá fora no campo, cuidando das
suas ovelhas! Pense nisto: pastores sujos e fedorentos acampados ao
ar livre, cuidando das suas ovelhas ouviram os louvores de anjos e
correram para ver o bebê Jesus recém-nascido. Muitos hospitais não
teriam permitido eles entrarem na sala de espera, muito menos na sala
de parto. Mas Deus fez questão de que os pastores se sentissem em
casa quando acharam o bebê Jesus. Ele estava deitado num cocho de
alimento no lugar onde os animais eram mantidos – um lugar onde
qualquer pastor se sentiria em casa.

Assim, bem no meio do nascimento do Filho de Deus, com todos os povos
bons orando pela libertação de Deus, com os Romanos ocupados
dominando o império e com as pessoas religiosas tentando proteger
suas tradições, Deus colocou o Filho dele em numa manjedoura cercada
por um grupo de marginais sujos e fedorentos conhecidos como
pastores. O cheiro de ovelha e a fumaça das fogueiras dos
acampamentos deles ainda permeava as roupas deles quando chegaram
para cumprimentar o recém-nascido Rei.

A história dos pastores é a lembrança de Deus de que ninguém pode
roubar a graça dele de nós. Não importa onde nós fomos ou como nós
cheiramos ou de que outras pessoas nos chamam, há um lugar perto da
manjedoura com o bebê Jesus, para cada um de nós.

Acho que é por isso que eu amo a história sobre o bebê Jesus roubado
em Brazoria. Depois que um vento forte derrubou o presépio no domingo
de 16 de dezembro de 2007, algumas pessoas apareceram para restautrar
o presépio. Adivinhe o que elas acharam? Sim, o bebê Jesus estava de
volta onde ele devia estar. Jesus tinha sido devolvido para a
manjedoura. O José e Maria mais uma vez ficaram rodeados pelos
animais e pastores enquanto se curvaram diante do Rei.

Para mim, esta é a pequena lembrança de Deus de que todos são
bem-vindos para receber o presente da graça dEle. Nós somos
bem-vindos nesta manjedoura. Até mesmo se nós federmos com o odor de
nossas escolhas e reputações ruins, nós ainda somos bem-vindos. E se
nós estivermos dispostos, o Vento do céu pode soprar pela destruição
de nossas vidas e nos devolver Jesus novamente.

E aconteceu que um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do
Senhor resplandeceu ao redor deles; e ficaram aterrorizados. Mas o
anjo lhes disse: "Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de
grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi,
lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. Isto lhes servirá de
sinal: encontrarão o bebê envolto em panos e deitado numa
manjedoura". (Lucas 2:9-12 NVI).

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