quarta-feira, 27 de abril de 2011

Não sei amar.

O mais imperdoável não era sua preocupação com doentes,aleijados,leprosos,possessos[...] nem mesmo sua identificação com as pessoas pobres e humildes. O verdadeiro problema era que ele se envolvia com fracassos morais,com pessoas evidentemente ímpias e morais: gente política e moralmente suspeita , inúmeros tipos duvidosos,esquisitos, abandonados e sem esperança que existiam como um mal que não pode ser erradicado da periferia da sociedade.Esse foi o escândalo verdadeiro.Ele tinha mesmo de ir tão longe? [...] Que tipo de amor perigoso e ingênuo é esse que não conhece seus limites- As fronteiras entre conterrâneos e estrangeiros membros do partido e da oposição, vizinhos e pessoas distantes entre carreiras de prestigio e sem nenhum encanto entre pessoas morais e imorais, boas e ruins?
(Do livro "O impostor que vive em mim")